Desperdício é uma das causas da falta d'água na comunidade de Félix
SAAE constatou inúmeras irregularidades que prejudicam a distribuição de água na localidade.
Publicado em 04/10/2017 09:45
Em 2017, em todo o Brasil, já são mais de 872 cidades com reconhecimento federal de situação de emergência causada pelo longo período de estiagem, e, em Carmo da Mata, a situação não é diferente. Segundo apontado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), o município passou por um período superior a 100 dias sem chuva e isso afetou diretamente suas reservas hídricas.
A própria Prefeitura de Carmo da Mata e o SAAE receberam, nos últimos dias, reclamações a cerca da falta de água na comunidade de Félix da Costa e, na tentativa de levantar informações, resolveram acompanhar de perto a situação. De acordo com informações do diretor da autarquia, David de Sales Pereira, a comunidade enfrenta problemas de abastecimento, mas isso não se deve à falta de comprometimento por parte do SAAE. Segundo ele, em 2003 foi perfurado um poço artesiano na localidade, porém a água apresentou teor de Ferro e Manganês além daquilo que é recomendado, tornando a água imprópria para consumo humano. Já na atual administração foram perfurados mais dois poços e a água apresentou as mesmas propriedades que o primeiro.
Além disso, o diretor aponta que existe por parte da população local a falta de comprometimento e uso inadequado da água. “Fizemos um levantamento e, em cerca de 80% das casas não encontramos boias nos reservatórios de água. Entendemos que não podemos atribuir a culpa desta situação somente à população, mas é hora de unirmos forças”, declarou David, que destacou ainda que, em visitas anteriores, presenciou mais casos de desperdício de água. “Em ocasiões anteriores, presenciei pessoas lavando chiqueiros, deixando água correndo livremente, dentre outras coisas. Como não há controle do consumo, as pessoas usam o recurso de maneira desregrada”, disse.
Ainda sobre as visitas realizadas na comunidade, o diretor relatou ter encontrado várias conexões realizadas de forma irregular, o que causa mais desvios e constantes problemas na rede de abastecimento. “Além disso, verifiquei a existência de diversas ligações feitas de maneira improvisada por parte dos moradores, o que acaba sobrecarregando toda a rede, gerando vácuo dentro das mangueiras que levam a água até as casas”, comentou David Sales, acrescentando que medidas serão tomadas para frear o desperdício, como por exemplo, a aquisição de boias para todas as casas da comunidade.
por Assessoria de Comunicação